Quem não ama um bichinho de estimação? Aqueles peludinhos fofinhos, ou grandes e animados, ou mesmo os que dormem o dia inteiro. A relação entre animais e saúde mental é mais forte do que você imagina.
Por isso, no texto de hoje, vamos ver como os pets podem melhorar a saúde mental dos humanos que os cercam. Boa leitura!
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Qual a importância de ter um animal de estimação?
Um dos principais motivos para se ter um animal é ter uma boa companhia. Você deixa de se sentir sozinho quando tem este mini ser atrás de você ao longo do dia. O dono do pet tende a ser mais comunicativo e mais sociável do que antes da adoção.
Além disso, quando cuidamos bem dos nossos animais, eles tendem a ser carinhosos de volta, e este amor puro e sincero é reconhecido no nosso cérebro. O gesto sincero dos nossos bichos de estimação traz benefícios para o nosso cérebro. Quer saber quais? Então, continue lendo!
Quais os benefícios dos animais para o ser humano?
Quando recebemos o novo pet em casa, isso estimula o nosso sistema límbico, que é a parte do cérebro ligada às emoções. Ver aquele animal fofo e bonitinho te dando carinho incondicional gera mais autoestima.
Isso, por sua vez, faz com que a pessoa ressignifique sua própria companhia, quase como se pensasse “nossa, eu realmente sou digno de amor”. Além disso, os animais não julgam, então, você tende a se sentir menos pressionado nas suas responsabilidades para com eles.
Além disso, quando você precisa levar o seu cão para passear ou brincar com o seu gato carente, você está exercitando a sua vida social e saindo da reclusão. Ou seja: a solidão sentida antes será cada vez menor.
Mesmo quem se sente bem sozinho pode gostar de uma companhia animal, já que os animais tendem a ser bem empáticos e respeitar o que o dono está sentindo. Se eles percebem um isolamento maior por parte do dono, tendem a se adaptar.
O mais importante é adotar um animalzinho que pareça com você em questão de temperamento: se você é enérgico, pegue um animal bem agitado; se você é mais quieto e recluso, tente um animal mais velho, que também gosta de ficar dormindo quietinho no canto dele.
A adoção em massa durante a pandemia de COVID-19
Durante a pandemia, tivemos que ficar isolados para não propagar o vírus. Com isso, muitas pessoas se sentiam cada vez mais solitárias e esquecidas. O animal de estimação pode ser a melhor companhia nesses momentos, já que o vírus humano não é transmitido por animais.
Os pets são uma saída para reduzir o sofrimento que surge ao ficar isolado, em especial, para pessoas que já sofriam de depressão severa, ansiedade tóxica e outros transtornos. Contudo, os animais não são descartáveis. Por isso, os donos de pets precisam estar cientes de que eles não existirão só durante o período de pandemia, mas sim por muitos anos.
Como os animais podem ajudar na saúde mental?
Falando em estar ciente, um outro benefício que os pets trazem para a saúde mental é criar responsabilidade. É por isso que muitos adultos resolvem presentear crianças com animaizinhos, apesar deles não serem sinônimo de brinquedo.
Ter um animal de estimação cria um senso de responsabilidade, seja em uma criança ou em um adulto. Afinal, ele demanda comida, cuidados, higiene e atenção, o que vai forçar uma rotina diferente na casa.
Além deste e de outros pontos que já foram citados, os animais também ajudam na saúde mental simplesmente por existir. Eu explico: animais fofos despertam na gente instintos ancestrais de proteção e cuidado. Eles nos deixam felizes, mas também alertas para que nada aconteça a eles. Então, sim, seu pet pode mudar a química que está ocorrendo no seu cérebro!
Como um animal pode ajudar na depressão?
O estado depressivo faz com que a pessoa se isole, não tenha iniciativa e perca o gosto por si mesmo e pelas atividades que costumava gostar. Como já citamos antes, ter um pet vai fazer com que a pessoa tenha sua autoestima aumentada e crie uma motivação maior. Então, já percebemos por aí como esses dois mundos podem se encontrar de forma positiva.
Para quem sofre de depressão, por exemplo, ser obrigado a ter uma rotina pode ser muito saudável, já que a falta de rotina é um fator agravante do transtorno. Começar com pequenas mudanças no dia a dia e fortalecer uma rotina junto com o animal será muito importante para o dono e também para o pet.
Além disso, é comprovado que dedicar um pouco do seu dia a cuidar do seu animal de estimação é tão eficiente quanto um tratamento terapêutico convencional. Algumas pessoas até chamam isso de pet terapia. Não é à toa que alguns hospitais recebem animais em seus centros de doenças graves ou terminais para animar os pacientes.
Quais animais ajudam na depressão?
Existe um animal certo para ajudar na saúde mental de uma pessoa depressiva? A resposta é sim e não. Afinal, antes de qualquer coisa, o animal escolhido precisa ser do gosto do seu futuro dono. Ou seja, não adianta comprar um passarinho se a pessoa odeia o fato de pássaros ficarem em gaiolas o tempo todo, ou se ela não suporta o canto dos passarinhos que nunca para.
Então, a primeira coisa a se pensar é na pessoa depressiva. Pense no que ela pode gostar e não a deixe desamparada assim que ganhar seu novo companheiro. Isso pode deixar a pessoa assustada, e não é isso que queremos.
Agora, pensando nisso, é bom pensar que diferentes espécies (e até mesmo diferentes raças) têm modos de agir bem diferentes entre si. Por isso, os cachorros costumam ser o mais indicado para ajudar na depressão de alguém.
Cães são muito companheiros e carinhosos, o que ajuda a reduzir o sentimento de solidão e a carência que pode surgir neste momento. Gatos, por sua vez, são mais reclusos, o que pode não ser bom para quem já se sente sozinho ou excluído.
O que a ciência diz sobre isso?
Muitas pesquisas estão sendo feitas nessa área para comprovar, cada vez mais, que os bichanos são ótimos companheiros nas horas mais difíceis das nossas vidas. Em Portugal, foi feito um estudo pela Clínica Médico-Psiquiátrica da Ordem que mostra que os cães ajudam comprovadamente na depressão.
Outra pesquisa que a organização Mayo Clinic divulgou conclui que só a presença de um cachorro é capaz de contribuir de forma relevante para o tratamento de fibromialgia, uma síndrome que também afeta o emocional e o psicológico de quem a tem.
Se quiser saber mais pesquisas, dê um Google! Busque fontes confiáveis de informação e veja o que diferentes estudos dizem sobre ter um animalzinho.
Fique de olho
A seguir, vamos falar brevemente sobre algumas questões importantes:
Nenhum procedimento pode substituir a psicoterapia ou o uso de remédios quando estes são recomendados para o paciente pelo psiquiatra.
O que é proposto aqui é um tratamento alternativo, que pode complementar os tratamentos já usados.
Não é certo que, ao adotar um animal, a pessoa se cure de transtornos. Este é só um dos métodos que pode ser testado e validado. Por isso, não adote por impulso.
Todo e qualquer animal vai envelhecer e ficar menos ativo, além da chance de ficar doente. Pense nos prós e contras antes de adotar um amigo de quatro patas, reduzindo assim o risco de abandono.
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